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  • Foto do escritorAnna Borges

O homem e seu cavalo: dois corações em um só

Atualizado: 15 de nov. de 2021

Oito vezes campeão brasileiro, Sergio Oliva conta um pouco sobre sua carreira no hipismo

Cavaleiro Sergio Oliva (foto retirada do site do atleta)


Ao longo de 18 anos de carreira no hipismo, o cavaleiro brasiliense Sergio Oliva conquistou diversas medalhas, a maioria de ouro, em campeonatos regionais, brasileiros, sul-americanos, para-pan-americanos, mundiais e em jogos paralímpicos. Uma de suas metas é representar o Brasil em todas as competições nacionais e internacionais.

O atleta de 39 anos, que nasceu com paralisia cerebral triplegia (perda total das funções motoras em três membros), conta que entrar para esse esporte foi uma escolha pessoal. “Comecei quando criança como forma de terapia. Em 1989, depois de muito tempo parado, comecei a montar com a equoterapia. Parei para estudar e depois voltei a me interessar e acabei me apaixonando de novo pelo esporte.”

Sergio Oliva - Arena Post (foto retirada do site do atleta)


Tendo sido convocado para as quatro últimas paralimpíadas, um dos momentos mais marcantes para o atleta foi nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, onde foi medalha de bronze duas vezes: “Foi muito bom poder competir em casa, com a torcida brasileira, com a minha família e amigos".

Em sua primeira paralimpíada, a de Pequim em 2008, Sergio comenta que apesar de não ter muita experiência e da dificuldade para se comunicar, por não saber falar a língua, foi uma ótima oportunidade, com muitas descobertas. O atleta, atualmente, está se preparando para o Mundial de 2022.

Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, quando ficou em 10º lugar na prova do adestramento individual grau 1, Sérgio fez seu melhor e tentou se superar, mesmo que estivesse há quase um ano e meio sem competir e com pouco tempo para conhecer seu parceiro, o cavalo Milenium.

Sergio Oliva - Tóquio 2020 (foto retirada do site do atleta)


“Por causa da pandemia, fiquei preso no Brasil, um ano e meio sem poder sair do país, sem competir. O Milenium eu adquiri há um ano e meio e não pude vê-lo. Nós evoluímos demais em 45 dias, foi uma vitória para mim”.


Reprodução/Instagram



Os treinos de equitação são realizados das terças às sextas-feiras, às vezes aos sábados. E perto das competições, de terça a domingo, com duração de aproximadamente 50 minutos. Depois disso, Sergio corre e vai para a academia para os treinos físicos necessários.

Sergio comenta que suas maiores inspirações no mundo do esporte são atletas de ponta, destacando Ayrton Senna e Bolt, entre outros. Ser referência no esporte paralímpico e levantar a bandeira da inclusão social são algumas das visões que possui.

O cavaleiro conta que nunca teve apoio do governo federal e destacou que a estrutura física e o salário são coisas fundamentais. “Espero que o governo federal mude esse conceito e apoie e ajude os futuros atletas.”

Instagram do atleta

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