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Foto do escritorBeatriz Souza e Letícia Perdigão

Por trás das competições

Atualizado: 19 de nov. de 2021

Que desafios o paratleta enfrenta para dar o melhor em uma competição?


Se ser atleta é se desafiar a cada momento, o que dizer de um paratleta? É treino, disciplina e dedicação em dobro – ou bem mais que isso. Ser paratleta é viver o esporte de todas as maneiras possíveis e nunca imaginadas: usando as mãos ou os cotovelos, o peito, o queixo, a cabeça, outros sentidos. Esta é a rotina das atletas Jéssica Gomes e Jady Malavazzi.

A paratleta Jéssica Gomes, de 28 anos, nasceu deficiente visual com apenas 5% de visão no olho direito e 10% no olho esquerdo. Ela superou vários desafios até estar entre as melhores jogadoras de goalball do continente americano. Já Jady Malavazzi, de 27 anos, campeã de ciclismo/hand bike (bicicleta impulsionada pelos braços), sofreu um acidente de carro quando tinha 12 anos, o que a deixou paraplégica.
Na direita, Jéssica Gomes e a esquerda, Jady Malavazzi.


Jady conheceu o hand bike no final de 2010


Ambas recebem o Bolsa Atleta, um programa criado em 2005 que beneficia atletas e paratletas de alto rendimento em competições nacionais e internacionais.


“Agradeço muito, mas tem muito o que evoluir”, diz Jady. Para ela, a bolsa foi a chave para se profissionalizar. Hoje ela já tem patrocínios e consegue investir em equipamentos para melhorar o desempenho. Reprodução: Instagram



Já Jessica Gomes conheceu o goalball em 2009, com um professor do ensino médio. Desde então, não largou o esporte. Conciliou treinos com a graduação em Pedagogia, mas não exerce a profissão devido ao trabalho intensivo como atleta.




Jéssica, apesar de receber o auxílio, não tem patrocinador privado, o que dificulta as coisas. “Goalball é um esporte caro. Uma bola custa 1.200 reais e não dura muito tempo. A bola vem da Alemanha. Os óculos específicos custam cerca de 700 reais.”, desabafa. A equipe de Jéssica recorre aos espaços públicos para treinar, mas não encontra a estrutura adequada. “O amor ao esporte é o que me faz persistir". Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília







As duas atletas, moradoras do Distrito Federal, participaram das Paralimpíadas de Tóquio neste ano. No ciclismo de estrada categoria H1-4, Jady fez o tempo de um minuto e quase sete segundos, ficando na 13ª colocação. A seleção brasileira de goalball, da qual Jéssica faz parte, ficou em quarto lugar nos jogos.


Foto: JB Benavent/CBC

Foto: Ale Cabral/CPB



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